Em um cenário de incertezas, a arroba do boi no Brasil continua sua trajetória sem uma direção clara, de acordo com informações da Consultoria Agrifatto. A situação indefinida no Brasil, aliada às dinâmicas globais de oferta e demanda, contribui para um viés de baixa nas commodities.
O mercado físico, seguindo a tendência da semana passada, permanece em um impasse entre pecuaristas, que seguram a oferta, e frigoríficos, que resistem em aumentar os preços diante de estoques relativamente confortáveis. Na última sexta-feira (12/01), quase todas as praças registraram estabilidade, com a média nacional cotada a R$ 223,60/@, sem variação diária significativa, mas com um recuo de 0,5% na comparação semanal. Na Bolsa de Valores (B3), o vencimento para jan/24 teve uma leve queda de 0,22%, ficando em R$ 247,10/@.
Apesar do escoamento lento da carne bovina no varejo e de uma demanda considerada “enfraquecida” para a primeira quinzena do mês, as indústrias, com estoques abastecidos, não conseguiram ampliar suas programações de abate. Em média nacional, as programações encerraram a sexta-feira atendendo a 9 dias úteis, mantendo estabilidade na comparação semanal.
As ofertas do mercado do boi permanecem estáveis devido aos estoques elevados em câmaras frias, reduzindo a necessidade de novas compras. Os frigoríficos já promoveram uma baixa nos preços ao longo da semana. Em diversas regiões, como Sul de Tocantins, Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Sul de Goiás e Sudeste de Rondônia, as cotações mantiveram-se estáveis ou apresentaram pequenas variações.
Em resumo, o atual panorama do mercado do boi gordo no Brasil reflete a complexidade das condições de oferta, demanda e estoques, gerando desafios para os participantes desse setor.