O dólar à vista teve um fechamento quase inalterado no Brasil nesta quarta-feira, em um dia marcado pelo avanço da moeda no cenário internacional. Os números decepcionantes da economia chinesa e os novos dados econômicos dos Estados Unidos influenciaram o comportamento do dólar, fortalecendo a perspectiva de que o Federal Reserve pode adiar a possibilidade de cortes de juros já em março.
Ao término do dia, o dólar à vista foi cotado a 4,9304 reais na venda, registrando uma alta de 0,07%. O acumulado de janeiro mostra uma elevação de 1,62%. Na Bolsa de Valores (B3), o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento subiu 0,13%, alcançando 4,9415 reais às 17:26 (horário de Brasília).
Apesar dos estímulos externos, a moeda norte-americana manteve uma variação limitada no Brasil. A jornada começou com pressão sobre as moedas de exportadores de commodities devido às notícias provenientes da China. O crescimento da economia chinesa em 2023, embora tenha superado a meta oficial, revelou uma recuperação mais frágil do que o esperado, gerando preocupações sobre a crise imobiliária, riscos deflacionários e demanda fraca para o ano atual.
Nos Estados Unidos, o Departamento do Comércio anunciou um aumento de 0,6% nas vendas no varejo em dezembro, superando as expectativas dos economistas. O Federal Reserve também divulgou que a produção industrial teve um aumento de 0,1% em dezembro, contribuindo para o movimento recente de alta nos rendimentos dos títulos norte-americanos.
Apesar desses dados acima do esperado, as cotações do dólar no Brasil permaneceram sob controle. A incerteza em torno do início do ciclo de cortes de juros nos EUA manteve os investidores na expectativa de novos desenvolvimentos que poderiam impactar as cotações.
O dólar atingiu sua cotação máxima, de 4,9542 reais (+0,56%), no início da sessão, às 9:02, quando os números chineses já estavam disponíveis, mas os dados norte-americanos ainda não haviam sido divulgados. Durante a tarde, a moeda norte-americana oscilou próximo da estabilidade em relação ao real, marcando a mínima de 4,9228 reais (-0,08%) às 13:43.
A divulgação do Livro Bege pelo Federal Reserve no final da tarde teve pouco impacto nas cotações globais de moedas, incluindo o Brasil. Às 17:26 (horário de Brasília), o índice do dólar, que mede seu desempenho contra uma cesta de seis divisas, subiu 0,15%, atingindo 103,460.
Pela manhã, o Banco Central realizou a venda de todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional oferecidos na rolagem dos vencimentos de março.
Publicado por: Daniel Costa
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