Após um período de declínio, o mercado futuro do café arábica teve uma reviravolta nesta terça-feira, fechando as negociações com um aumento significativo de 1,49%. O mês de março de 2024 registrou um ganho de 270 pontos, atingindo 184,10 cents/lbp, enquanto maio/24 avançou 240 pontos, alcançando 182,05 cents/lbp. Julho/24 e setembro/24 também apresentaram valorizações de 220 e 225 pontos, cotados a 182,30 cents/lbp e 183,05 cents/lbp, respectivamente.
A alta nos preços do café arábica é respaldada pelas crescentes preocupações em relação à região da Ásia. A recente condição de tempo seco no Brasil levanta receios de possíveis impactos nas colheitas de café. A Somar Meteorologia divulgou que a região de Minas Gerais recebeu apenas 42,4 mm de chuva na semana passada, representando 60% da média histórica. Essa situação é semelhante ao que os produtores têm compartilhado diariamente com o Notícias Agrícolas, relatando chuvas irregulares que não abrangem toda a área cafeeira, além de temperaturas acima da média, gerando preocupações para 2024 e também para o crescimento das plantas em 2025.
Em Londres, o café conilon também apresentou ganhos, com o produtor do Vietnã participando menos do mercado, apesar da valorização. Os contratos para março/24, maio/24, julho/24 e setembro/24 registraram altas de US$ 47, US$ 40, US$ 41 e US$ 39 por tonelada, sendo negociados a US$ 2932, US$ 2830, US$ 2758 e US$ 2708, respectivamente.
No mercado físico brasileiro, as principais praças de comercialização acompanharam essa tendência de alta. O tipo 6 bebida dura bica corrida teve valorizações em diversas regiões, como Guaxupé/MG (1,55%), Araguari/MG (0,98%), Machado/MG (4,17%), Varginha/MG (3,11%), Campos Gerais/MG (2,42%) e Franca/SP (2%), com preços variando entre R$ 985,00 e R$ 1.020,00. O tipo cereja descascado também registrou ganhos em locais como Guaxupé/MG (1,58%), Varginha/MG (5,58%) e Campos Gerais/MG (1,33%), com valores oscilando entre R$ 1.026,00 e R$ 1.065,00.
Publicado por: Daniel Costa
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